O autoconhecimento me deu várias chaves e mostrou que no meu ser existem várias portas, algumas que já foram abertas e outras que permanecem fechadas.

Todas elas têm cores, que constroem um lindo e brilhante arco-íris. Às vezes parece que contêm mais chaves do que portas, e outras mais portas do que chaves. Uma dessas portas eu abri recentemente, encontrei um universo que a minha memória já conhecia, porém, não buscava acessá-lo. Um universo colorido, leve e totalmente aberto à curiosidade e à criatividade.

Logo percebi ser um lugar inocente e curioso, porém familiar, onde aprendi a ter coragem e deixar o medo para fora, senti um contentamento gigantesco.

Questionei-me de onde vinha tanta paz e o porquê de eu encontrar essa porta somente agora, mas a beleza e o encantamento desse lugar fizeram-me esquecer das minhas dúvidas e questionamentos.

Ele me convidou para entrar e me repousar em toda a beleza que exalava, não era palpável e manipulado, mas sim, de uma beleza primitiva, algo que me ligou diretamente à criação.

Percebi que os sonhos da minha criança interior estavam aflorando e assim fui me tornando o que sempre busquei ser.

Fui feliz, continuo sendo, diariamente, constantemente.

Deixei a porta aberta e mesmo quando o caminho me impede de voltar, eu sei onde é o meu lugar.

Sonhar, isso é o que me faz alcançar. Buscar é a beleza que motiva a chegar. Chegar, aonde? Isso é o que comecei a enxergar. Saber onde ir também é se encontrar.

A verdade é que encontrar os sonhos da nossa criança interior é conhecer a nossa essência, o nosso propósito. É mais que se encontrar, você aprende qual é o seu alicerce na vida e o que a sua alma deseja exalar.